Desde a mais remota antiguidade, as peles de animais tem sido usadas nas mais variadas necessidades da vida humana. Os primeiros povoadores da terra usavam peles resguardando contra o frio e a intempérie, já fazendo com elas peças que usavam sobre o corpo. No entanto, somente milhares de anos após é que as peles de animais, que foram domesticados (como cabras, carneiros e bezerros), passaram a serem preparadas para o uso da escrita.
Pergaminho (do grego pergaméne e do latim pergamina ou pergamena) é o nome dado a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha e bezerro, preparada para nela se escrever. Designa ainda o documento escrito nesse meio. O seu nome lembra a cidade de Pergamo, na Ásia Menor, onde acredita-se possa ter se originado. Alguns estudiosos chegam a afirmar que foi por volta do Século III – AC que o pergaminho teve realmente reconhecido sua presença na história. E segundo eles, tal foi impulsionado pelo desentendimentos ocorridos entre o Rei de Pergamo, Eumenes II (196-158 AC) e o Faraó do Egito, Ptolomeu V, que provocou a escassez do Papyrus, material feito a base de fibras vegetais, que então predominava.
Pergaminho usado na escrita antiga
Nos mosteiros cristãos eram mantidas bibliotecas de pergaminhos, onde monges letrados, se dedicavam à copia de manuscritos antigos, devendo-se a essa atividade monástica a sobrevivência e a divulgação dos textos clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente à época do Império Bizantino. Desde então, o pergaminho foi crescendo em uso, e chegando ao ápice em meados da Idade Média, até o surgimento do papel e a seguir, da imprensa. Mesmo assim, ao longo dos anos, o pergaminho continuou sendo empregado em áreas particulares como documentos públicos emitidos pelos reis, imperadores e papas. Paralelamente ao uso como material de escrita, o pergaminho também foi sendo utilizado na fabricação de instrumentos de percussão, luminárias e telas para pinturas; e posteriormente, confecção e impressão de diplomas e certificados, encadernação e restauro, convites especiais, reprodução de documentos históricos, etc.
Ao longo dos séculos foram sendo introduzidas modificações nos processos para a preparação dos pergaminhos. Ainda que mais recentemente sejam utilizados alguns equipamentos mecânicos (no descarne e na retirada dos pelos), e modificados o emprego de alguns insumos, o pergaminho ainda é um produto de fortes características artesanais, respeitando as técnicas mais antigas, dependendo, da sua utilização final: encadernação e restauro; material de escrita; objetos de decoração, etc.
Pergaminho aplicado a decoração de interiores
Em síntese, no que pese ser um produto de historia milenar, o pergaminho, nos dias atuais, assume uma característica particular e especial, pois, diante da massificação do consumo, ele está oferecendo aos arquitetos e designers, a possibilidade de dar nobreza a produtos do setor mobiliário e especialmente na ornamentação e decoração de interiores, seja de escritórios, residências ou hotéis e iates.